Na prisão é um relato autobiográfico em quadrinhos de Kazuichi Hanawa sobre o tempo em que esteve preso. Em 1994, o autor foi detido por porte ilegal de armas enquanto testava nas montanhas suas novas armas. Hanawa sempre foi fascinado por elas. Graças à esta excentricidade, ele foi condenado há 3 anos de prisão. De dentro do cárcere, Hanawa começou a escrever uma série para revista Ax. No início, descreveu o local onde ficavam os acusados enquanto são julgados. A partir da terceira edição, passou a descrever a penitenciária. Eram histórias surpreendentes, que narravam uma série de acontecimentos absolutamente corriqueiros e cotidianos. Episódios sobre o café-da-manhã, sobre os livros da penitenciária, sobre o desejo de fumar. Tudo descrito em desenhos cheios de detalhes. Um registro raríssimo da vida atrás das grades no Japão. Existem muitas obras sobre este tema. Obras clássicas, como recordação da Casa dos Mortos, de Dostoievski; e obras atuais como Carandiru de Dráuzio Varella. O que torna Na Prisão uma obra única é a total ausência de um tom de denúncia sobre a vida na prisão ou de arrependimento. O livro é um registro assustadoramente real e a confissão de um estado emocional que não é o de redenção. O autor: Kazuichi Hanawa publicou seu primeiro trabalho na revista japonesa underground Garo, em 1971. Era uma história inspirada nos mangás surreais de Yoshiharu Tsuge, sobre um garoto com problemas de comportamento mandado pela mãe a um acupunturista sádico. Hanawa criou rapidamente um estilo próprio, com histórias de horror, fantasia e violência ambientadas no período medieval japonês. No início de sua carreira Hanawa esteve focado no estilo ero-guro (erótico grotesco), mas suas histórias estão vão além - muitas são uma paródia do militarismo e dos valores tradicionais japoneses. Aos poucos, ele abandonou a influência do ero-guro e passou a produzir histórias de horror e fantasia cheias de detalhes históricos, reproduzindo minuciosamente roupas, armas e costumes da Idade Média no Japão. O espaço em publicações mais comerciais foi conquistado, mas não por muito tempo: a série Tensui, publicada na revista Afternoon, foi suspensa com a prisão do autor, em 1994. História em 232 páginas. Scan por Eudes, com remasterização por homemsemnome.
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